domingo, 23 de fevereiro de 2014

INCLUSÃO E AEE PARA PESSOAS COM SURDEZ

AEE Para Pessoas com Surdez


A inclusão escolar para pessoas com surdez não tem abtido nos últimos tempos resultados satisfatórios, ocasionando em um ensino de baixa qualidade nessa modalidade. Além disso, o desestímulo do alunado também é preocupante, ocasionando o fracasso escolar. E são vários os fatores que estão levando ao fracasso a inclusão de pessoas com surdez, dentre os quais destacam-se:
·         Escolas não dispõem de local adequado para o atendimento;
·         Escassez de professores de libras e em libras;
·         Municípios não estão se dispondo a pagar um segundo professor fluente em libras e interprete;
·         Faltam materiais e recursos diversificados para um atendimento adequado às necessidades dos alunos etc.
Exatamente por isso, é quase impossível que seja implantado os três momentos didáticos pedagógicos : AEE de Libras, AEE em Libras, e AEE para o ensino de Língua Portuguesa.

                                           AEE e os três momentos didáticos pedagógicos:

        Instrutor explorando conteúdos em libras


         O AEE em libras – Esse fornece a base conceitual dessa língua e do conteúdo curricular estudado na sala de aula comuque favorece ao aluno com surdez a compreensão desse conteúdo. O Professor em Língua de Sinais ministra aula utilizando a Língua de Sinais nas diferentes modalidades, etapas e níveis de ensino como meio de comunicação e interlocução. O planejamento do AEE em libras deverá ser organizado em conjunto: professor do AEE, professor da sala comum e o professor de língua portuguesa. Os professores neste atendimento registram o desenvolvimento que cada aluno apresenta, além da relação de todos os conceitos estudados, organizando a representação deles em forma de desenhos e gravuras, que ficam no caderno de registro do aluno.
 

 Professora do AEE e o estudo DE LIBRAS

O AEE de libras - O atendimento inicia com o diagnóstico do aluno e ocorre diariamente, em horário contrário ao das aulas, na sala de aula comum. Este trabalhado é realizado pelo professor e/ou instrutor de Libras (preferencialmente surdo), de acordo com o estágio de desenvolvimento da Língua de Sinais em que o aluno se encontra. Este atendimento exige uma organização metodológica e didática e especializada a partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua de Sinais. O professor que ministra aulas em Libras deve ser qualificado para realizar o atendimento e de preferência surdo pois oferece aos alunos com surdez melhores possibilidades do que o professor ouvinte porque o contato com crianças e jovens com surdez com adultos com surdez favorece a aquisição dessa língua.                                         
                                            AEE para o ensino de Língua Portuguesa
                      

O AEE para o ensino da língua portuguesa – Esse atendimento acontece na sala de recursos, no horário contrário ao da sala de aula regular com o objetivo de desenvolver a competência gramatical ou lingüística como também textual nas pessoas com surdez. O Atendimento Educacional Especializado deve ser organizado também para atender alunos que optaram pela aprendizagem da Língua Portuguesa na modalidade oral. Nesse caso, o professor de português oferece aos alunos as pistas fonéticas para a fala e a leitura labial, elaboração e interpretação de textos em língua portuguesa. De preferência esse trabalho deverá ser realizado por professor formado em língua portuguesa e organizado seguindo os princípios exigidos. O Atendimento Educacional Especializado para ensino da Língua Portuguesa é preparado em conjunto com os professores de Libras e o da sala comum.

                            

No entanto, de acordo com a lei, a inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação superior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessita  para superar as barreiras no espaço educacional e usufruir seus direitos escolares, exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios educacionais do nosso país.
Existem três tendências educacionais para a surdez: a oralista, a comunicação total e a  abordagem por meio do bilinguismo. Oralismo: Visa a capacitação da pessoa com surdez para que possa utilizar a língua da pessoa ouvinte na modalidade oral, como única possibilidade linguística. Nega a diferença entre surdo e ouvintes. Comunicação total: considera as características da pessoa com surdez utilizando todo e qualquer recurso possível para a comunicação. Nega a língua natural das pessoas com surdez. O atendimento especializado para pessoas com surdez é objeto chave para a inclusão e deve ser implantado em toda a rede de ensino.